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"Ao fundo sou eu, mas será verdade / que sou? O fundo é que me inventa? / Terei mesmo essa identidade / feita de tinta apenas?" Palavras que respiram por Miguel Marvilla

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O carnaval e o riso

O carnaval é a festa do riso. Não é aquele riso individual, proveniente de um fato cômico isolado, mas uma espécie de igualdade entre os indívíduos estabelecida pela festa carnavalesca.
No carnaval, os segmentos sociais tornam-se uma única população, alegre e sarcástica, em que se revelam a alternância e a renovação dos opostos: durante os três dias de folia, o pobre e o rico se misturam, as diferenças do mundo deixam de existir e o riso se espalha, seja nos avessos - quando o homem se veste de mulher e a mulher, de homem -, seja no convívio entre a madame e a empregada - quando o povo desfila com a fantasia de reis e rainhas e a elite se populariza nas escolas de samba.  No entanto, a eliminação de classes é provisória. Acabada a folia, restaura-se a ordem social.
O rei Momo, então, é destituído de seu poder, mas seu reinado sempre volta. E nós, seus súditos mascarados de artistas, também voltamos ao cotidiano, destituindo-nos da fantasia. Mas que não nos faltem o riso e o humor até o próximo carnaval!

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